A Secretaria de Vigilância em Saúde publicou, em boletim epidemiológico, o monitoramento dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes Aegypti durante o ano de 2020, com o intuito de alertar a população e organizações dos serviços de saúde e buscar intensificar ações de preparação para 2021, evitando aumento expressivo de casos e óbitos.
Em relação à dengue, até o início do mês de dezembro, foram notificados 979.764 casos prováveis (taxa de incidência de 466,2 casos por 100 mil habitantes) no País. A região Centro-Oeste apresentou a maior incidência, com 1.200 casos/100 mil habitantes, seguida das regiões Sul (934,1 casos/100 mil habitantes), Sudeste (376,4 casos/100 mil habitantes), Nordeste (261,5 casos/100 mil habitantes) e Norte (120,7 casos/100 mil habitantes).
Ente os meses de janeiro e junho, ocorreram 90% dos casos prováveis de dengue (887.767). Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás destacaram–se como os estados com a maior incidência de casos.
Chikungunya
Até o mês de dezembro, foram notificados 80.914 casos prováveis (taxa de incidência de 38,5 casos por 100 mil habitantes) no País. As regiões Nordeste e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, 102,2 casos/100 mil habitantes e 13,1 casos/100 mil habitantes.
Entre janeiro e junho, ocorreram 78,8% dos casos prováveis por chikungunya (58.884). Apenas o estado de Sergipe apresentou taxa de incidência acima de 100 casos/100 mil habitantes durante o ano. Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte se destacaram com as maiores incidências de casos.
Zika
Até o final de novembro, 7.119 casos prováveis foram notificados (taxa de incidência de 3,4 casos/100 mil habitantes), com destaque para a região Nordeste (9,1 casos/100 mil habitantes) e o estado da Bahia, com 49,5% dos casos da doença no País.
No período de janeiro a junho, foram registrados 71,8% dos casos prováveis de zika (5.111).
Os estados da Bahia, Mato Grosso e Rio Grande do Norte apresentam as maiores incidências de casos.
Até o momento, 596 casos prováveis da doença foram notificados em gestantes, dos quais 202 foram confirmados. Vale ressaltar que nem todo caso positivo para zika vírus em gestante pode resultar em comprometimento neurológico para o recém-nascido.
Óbitos por arboviroses
Com relação aos óbitos por dengue, foram notificados 541, sendo 447 (82,6%) por critério laboratorial e 93 (17,2%) por clínico-epidemiológico. 92,9% (503) ocorreram entre janeiro e junho. A concentração foi nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Referente aos óbitos por Chikungunya, 26 foram confirmados por critério laboratorial e 21 permanecem em investigação. Os estados da Bahia, Paraíba, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso apresentaram as maiores incidências.
Não houve registro de óbitos confirmados por zika vírus no País.