Casos de chikungunya voltam a ser notificados em Piracicaba após ao menos dois anos da cidade livres da doença. De acordo com informações do banco de dados da Vigilância Epidemiológica, três casos foram notificados nos dois primeiros meses de 2021, ante nenhum caso – notificado ou confirmado – entre 2019 e 2020. O boletim, no entanto, não esclarece se estes casos notificados já tiveram ou não confirmação laboratorial.
A febre chikungunya é uma doença provocada por um vírus, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, tais como febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, cansaço e manchas avermelhada.
O primeiro caso autóctone (transmitido dentro da cidade) de chikungunya em Piracicaba, confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde, aconteceu em 2017, uma estudante de então 20 anos.
O boletim da Vigilância Epidemiológica também aponta o controle da Zika em Piracicaba. Segundo o documento, nenhum caso foi sequer notificado nos últimos três anos. O primeiro caso de Zika vírus foi registrado – e confirmado pela Prefeitura – em 2016, uma gestante de 20 anos. A doença é transmitida pelo Aedes Aegypti, mosquito que também é vetor da dengue e da febre chikungunya.
Os sintomas do Zika vírus são semelhantes aos da dengue. Febre de cerca de 38 graus, dor de cabeça, dores no corpo, diarreia e enjoos. O paciente ainda pode apresentar coceira e erupção cutânea no rosto e no corpo, além de conjuntivite e fotofobia.
DENGUE
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, do dia 1º/01 até ontem, 25/02, foram confirmados 654 casos de dengue em Piracicaba. Nenhuma pessoa morreu. No mesmo período de 2019 foram 50 casos e 313 em 2020. “Os dados preocupam a Administração, que trabalha na prevenção da doença o ano todo, com ações como os mutirões e arrastões em todas as regiões da cidade”, destaca a Prefeitura em nota.
A maior incidência da doença neste ano é na região central, com 501 casos, representando 76,6% da totalidade dos casos registrados. Essa região engloba bairros como Centro, Nova Piracicaba, Nho Quim, São Dimas, São Judas, Rua do Porto, Jardim Europa, Jardim Monumento, Vila Rezende e bairro Alto.
ALERTA
O médico coordenador do Departamento de Atenção Básica, da Secretaria Municipal de Saúde, Luís Fernando de Lima Nunes Barbosa, alerta a população de que a prevenção é o melhor remédio para se evitar a proliferação do mosquito da dengue, que é uma doença muito séria e que exige cuidados constantes. “Quando uma pessoa pega mais de uma vez a dengue, pode desenvolver um quadro mais sério da doença, como por exemplo, a dengue hemorrágica, levando o paciente a óbito”.
Barbosa lembra que, nesse início de ano, a cidade registra aumento do número de casos de dengue e, por isso, é importante que a população e os profissionais de saúde fiquem atentos. “Tivemos um início de ano com muita chuva e calor e este quadro é propício para a proliferação do mosquito, facilitando a transmissão do vírus e o aumento de casos. Por estarmos passando por uma pandemia, é importante que a população fique atenta para os cuidados preventivos em relação aos criadouros do mosquito, pois não havendo criadouro, o número de mosquito cai muito”.